Os ciúmes é um sentimento natural do ser humano, ele pode estar associado ao sentimento entre pessoas e à objetos e coisas naturais, por exemplo, livros, roupas, carro, entre outros.
O ciúme é uma manifestação provocada pela falta de confiança no sentimento do outro, que é transformado rapidamente em medo, insegurança, medo de perder algo ou alguém. O ciúme pode ser positivo quando o seu significado e sua intensidade têm como principal objetivo o cuidado, a preocupação e o zelo por algo ou por alguém e nesse caso, não deixa de ser uma demonstração de amor também, portanto, podemos considerar nessa situação um sentimento benéfico.
Por outro lado, podemos considerar o ciúme como sendo negativo ou patológico quando aparece no sentido de egoísmo, ou seja, não permite que a pessoa amada se relacione com outras pessoas, ou também quando percebemos o sentimento de controle excessivo e aí soa como se a pessoa estivesse constantemente com a suspeita de estar sendo traída ou enganada e ainda, em geral, esses sentimentos vem carregados de comportamentos agressivos, discussões e brigas constantes.
Nesse caso, o relacionamento fica constantemente sob pressão e instável o que vira um ciclo vicioso e a pessoa ciumenta pode tornar-se paranoica e doente.

O ciúme patológico doentio mantém a pessoa em constante alerta, porque o ciumento sente um perigo ou ameaça constante que será enganado ou trocado por outra pessoa, com isso, os comportamentos do ciumento passam a ser de controle total sobre os sentimentos e comportamentos da pessoa amada.
Essas atitudes acabam prejudicando muito o relacionamento já que o ciumento não precisa de algo concreto ou afetivo para desconfiar do outro.
Um alerta para os pais que estão educando seus filhos ainda crianças e que uma pessoa que vive em uma família onde inspira o controle, o cuidado excessivo, o excesso de zelo e preocupação com os filhos, tem a tendência de crescer achando que deve ser assim, pois o modelo apreendido foi o do controle.
Em uma relação em que o ciúmes se faz presente de forma patogênica, muitas vezes a vítima se sente culpada e bastante confusa uma vez que socialmente falando, aprendemos que o ciúme é expressão de amor.
A pessoa que convive com o ciumento ou a ciumenta deve estar atenta à intensidade desse sentimento e o quanto as cobranças e o controle do ciumento interfere em sua vida. A pessoa que convive com o ciumento deve aprender a colocar limites, não deve deixar de viver plenamente sua vida em função do ciúme do outro uma vez que, fazendo isso, a vítima estava reforçando negativamente os sentimentos e comportamentos do ciumento.
A vítima deve se questionar o porquê se sujeita ser dominada por alguém renunciando a seu direito de liberdade e de se relacionar com outras pessoas. O ciumento deve procurar ajuda psicológicas e até psiquiátricos quando se fizer necessário através do uso de antidepressivos que aliviarão os sintomas.
O que é observado é que a psicoterapia e a medicação (quando necessária) ajudam o ciumento a trabalhar a questão emocionais mais profundas para o entendimento do surgimento desse sentimento patológico e nota-se outros sentimentos também como dinâmicas familiares complicadas, inseguranças e autoestima baixa.
O AMOR OU ESTAR COM ALGUÉM QUE AMAMOS DEVE SER ALGO BOM E
POSITIVO E NÃO SOFRIDO.